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Crédito Rural no Rio de Janeiro – Últimas 8 safras, por Clóvis Romário Goudinho Souza

02/08/2021 – Crédito Rural no Rio de Janeiro – Últimas 8 safras, por Clóvis Romário Goudinho Souza:

Meus Amigos,

As contratações de crédito rural no Estado do Rio de Janeiro têm se mostrado decrescente (ou estagnada) nos últimos dez anos.  Muito aquém do potencial.

O último Censo Agropecuário do IBGE (2017), registra que o estado possui 65.224 estabelecimentos agropecuários. Cerca de menos de 10% deste público tem conseguido acesso às linhas de crédito rural.

Historicamente, registra-se que na safra 2009/10, apenas o Banco do Brasil, chegou a realizar 11.243 contratações (totalizando R$149.477.807,00).

Na última safra, 2020/21, todos os agentes financeiros atuantes no crédito rural no Estado, firmaram apenas 5.597 contratos de financiamento, totalizando R$ 420.811.559.00. É muito pouco!

O mais preocupante é a tendência anual de decréscimo/estagnação do volume do público assistido com as contratações.

Não se tem dúvidas da existência de grande demanda por crédito rural por parte dos produtores rurais. O acesso a esse crédito é que lhes tem sido negado.

O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável – CEDRUS, por intermédio de sua Câmara Técnica de Crédito e Agricultura Familiar (CTCAF), há alguns anos, realizou um belo diagnóstico das causas limitantes da evolução das contratações de crédito rural no Estado. O resultado do trabalho foi apresentado a todos os agentes interessados.  Não foi possível perceber nenhuma mudança significativa de atitude para a reversão do quadro.

Ultimamente, o principal agente financeiro atuante no crédito rural, vem optando pela realização de parcerias, mediante a implementação do Correspondente Bancário, para a realização das contratações.

Entretanto, além de tal estratégia não estar performando satisfatoriamente, nas últimas três safras, ela contempla exclusivamente o perfil de agricultores familiares, renegando os demais produtores, com outro perfil, à contratação diretamente junto às agências bancárias.

Nesta safra que ora se inicia (2021/22), ocorreu a salutar e entusiasmada iniciativa da Caixa Econômica Federal de passar atuar nas contratações de crédito rural.  Para tanto, ela está inaugurando agências específicas para atendimento ao agronegócio.

Em que pese a falta de expertise da Caixa no atendimento a esse segmento, espera-se que esta iniciativa sirva, pelo menos, para que os demais tradicionais agentes se posicionem.

Nas planilhas constantes do anexo, está demonstrado graficamente, além da tendente involução no número de agropecuaristas fluminenses atendidos à cada safra, exibe, também, a descontinuidade e a oscilação do volume das contratações em outras importantes linhas de financiamento.

Na última página do anexo, esboçamos elencar, sucintamente, os principais óbices à evolução das contratações de crédito rural. Contudo, as verdadeiras causas estão muito bem enfocada no trabalho do CEDRUS, antes citado.

Clique aqui para download da planilha.

Clóvis Romário Goudinho Souza – Técnico Rural e Produtor Rural.

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